Bela canção tradicional Irlandesa do século XVII, frequentemente cantada, tanto na Irlanda como na Escócia, no final de encontros entre amigos.
Of all the money that e'er I spent I've spent it in good company And all the harm that ever I did Alas it was to none but me And all I've done for want of wit To memory now I can't recall So fill to me the parting glass Good night and joy be with you all
If I had money enough to spend And leisure to sit awhile There is a fair maid in the town That sorely has my heart beguiled Her rosy cheeks and ruby lips I own she has my heart enthralled So fill to me the parting glass Good night and joy be with you all
Oh, all the comrades that e'er I had They're sorry for my going away And all the sweethearts that e'er I had They'd wish me one more day to stay But since it falls unto my lot That I should rise and you should not I'll gently rise and softly call Good night and joy be with you all
The Parting Glass (popular Irish song, 17th century)
* * *
* * *
Todo o bom dinheiro
Que eu tinha
Gastei-o em boa companhia, sim
E todo o mal
Que alguma vez fiz
Acabou por ser mal
Apenas para mim
E tudo o que fiz
Por falta de discernimento
Já não consigo agora recordar
Então, enche-me
O copo da despedida
Boa noite e alegria para todos vocês
(…)
Mas já que a mim
Cabe a função
Devo ir embora
E vocês não
Levanto-me calmamente
E digo devagar
Boa noite e alegria para todos vocês
Então a mim
Cabe a função
Devo ir embora
E vocês não
Levanto simplesmente
O meu copo e digo
Boa noite e alegria…
E tudo o que fiz
Por falta de discernimento
Já não consigo agora recordar
Então enche-me
O copo da despedida
Boa noite e…
Alegria para todos vocês
O Copo da Despedida (canção tradicional Irlandesa, Século XVII)
I close my eyes only for a moment, and the moment's gone All my dreams pass before my eyes, a curiosity
Dust in the wind, all they are is dust in the wind
Same old song, just a drop of water in an endless sea All we do crumbles to the ground, though we refuse to see
Dust in the wind, all we are is dust in the wind
Now, don't hang on, nothing lasts forever but the earth and sky It slips away, and all your money won't another minute buy
Dust in the wind, all we are is dust in the wind (all we are is dust in the wind) Dust in the wind (everything is dust in the wind), everything is dust in the wind (the wind)
Sabe quando a gente tem vontade de encontrar A novidade de uma pessoa Quando o tempo passa rápido Quando você está ao lado dessa pessoa Quando dá vontade de ficar nos braços dela E nunca mais sair
Sabe, quando a felicidade invade Quando pensa na imagem da pessoa Quando lembra que seus lábios encontraram Outros lábios de uma pessoa E o beijo esperado ainda está molhado E guardado ali Em sua boca Que se abre e sorri feliz Quando fala o nome daquela pessoa Quando quer beijar de novo, muito Os lábios desejados da sua pessoa Quando quer que acabe logo a viagem Que levou ela pra longe daqui
Sabe, quando passa a nuvem em brasa Abre o corpo, o sopro do ar que traz essa pessoa Quando quer ali deitar, se alimentar E entregar seu corpo pra pessoa Quando pensa porque não disse a verdade É que eu queria que ela estivesse aqui
Sabe, quando a felicidade invade Quando pensa na imagem da pessoa Quando lembra que seus lábios encontraram Outros lábios de uma pessoa E o beijo esperado ainda está molhado E guardado ali Em sua boca Que se abre e sorri feliz Quando fala o nome daquela pessoa Quando quer beijar de novo, muito Os lábios desejados da sua pessoa Quando pensa porque não disse a verdade É que eu queria que ela estivesse aqui
"Em todas as ruas te encontro em todas as ruas te perco conheço tão bem o teu corpo sonhei tanto a tua figura que é de olhos fechados que eu ando a limitar a tua altura e bebo a água e sorvo o ar que te atravessou a cintura tanto tão perto tão real que o meu corpo se transfigura e toca o seu próprio elemento num corpo que já não é seu num rio que desapareceu onde um braço teu me procura
Em todas as ruas te encontro em todas as ruas te perco"
"As almas têm um modo especial de se entenderem, de entrarem em intimidade, de se tratarem, até, por tu, enquanto as pessoas ainda se sentem embaraçadas com o comércio das palavras, na escravidão das exigências sociais. As almas têm necessidades próprias e aspirações próprias, que o corpo finge não reconhecer quando se vê impossibilitado de as satisfazer a de as traduzir em acções. E de todas as vezes que duas pessoas comunicam entre si desta maneira, apenas como almas, se encontram a sós num qualquer lugar, experimentam uma perturbação angustiosa e quase um repúdio violento de todo e qualquer contacto material, um sofrimento que os afasta e que cessa de imediato logo que intervém uma terceira pessoa. Então, desvanecida a angústia, as duas almas aliviadas buscam-se reciprocamente e voltam a sorrir uma para a outra."
"Releio passivamente, recebendo o que sinto como uma inspiração e um livramento, aquelas frases simples de Caeiro, na referência natural do que resulta do pequeno tamanho de sua aldeia. Dali, diz ele, porque é pequena, pode ver-se mais do mundo do que da cidade; e pori sso a aldeia é maior que a cidade...
"Porque eu sou do tamanho do que vejo E não do tamanho da minha altura."
Frases como estas, que parecem crescer sem vontade que as houvesse dito, limpam-me de toda a metafísica que espontaneamente acrescento à vida. Depois de as ler, chego à minha janela sobre a rua estreita, olho o grande céu e os muitos astros, e sou livre com um esplendor alado cuja vibração me estremece no corpo todo. "Sou do tamanho do que vejo!"Cada vez que penso esta frase com toda a atenção dos meus nervos, ela me parece mais destinada a reconstruir consteladamente o universo. "Sou do tamanho do que vejo!" Que grande posse mental vai desde o poço das emoções profundas até às altas estrelas que se reflectem nele e, assim, em certo modo, ali estão. E já agora, consciente de saber ver, olho a vasta metafísica objectiva dos céus todos com uma segurança que me dá vontade de morrer cantando. "Sou do tamanho do que vejo!" E o vago luar, inteiramente meu, começa a estragar de vago o azul meio-negro do horizonte. Tenho vontade de erguer os braços e gritar coisas de uma selvageria ignorada, de dizer palavras aos mistérios altos, de afirmar uma nova personalidade larga aos grandes espaços da matéria vazia. Mas recolho-me e abrando-me. "Sou do tamanho do que vejo!" E a frase fica sendo-me a alma inteira, encosto a ela todas as emoções que sinto, e sobre mim, por dentro, como sobre a cidade por fora, cai a paz indecifrável do luar duro que começa largo com o anoitecer."
Nem todo o corpo é carne... Não, nem todo Que dizer do pescoço, às vezes mármore, às vezes linho, lago, tronco de árvore, nuvem, ou ave, ao tacto sempre pouco...?
E o ventre, inconsistente como o lodo?... E o morno gradeamento dos teus braços? Não, meu amor... Nem todo o corpo é carne: é também água, terra, vento, fogo...
É sobretudo sombra à despedida; onda de pedra em cada reencontro; no parque da memória o fugidio
vulto da Primavera em pleno Outono... Nem só de carne é feito este presídio, pois no teu corpo existe o mundo todo!
Não quero amor que não saiba dominar-se, desse, como vinho espumante, que parte o copo e se entorna, perdido num instante.
Dá-me esse amor fresco e puro como a tua chuva, que abençoa a terra sequiosa, e enche as talhas do lar. Amor que penetre até ao centro da vida, e dali se estenda como seiva invisível, até aos ramos da árvore da existência, e faça nascer as flores e os frutos. Dá-me esse amor que conserva tranquilo o coração, na plenitude da paz!
Rabindranath Tagore
Amor Pacífico e Fecundo in "O Coração da Primavera"
Nós os dois. Por acaso. Uma casa antiga, muito grande, estilo colonial. Branca. Portas e janelas em madeira pintada de azul turquesa. Linda. Árvores de grande porte na frente. Frondosas. Em fila. O casamento de alguém. Não me lembro quem. Para dizer a verdade, nem interessa, sabes? O importante éramos nós os dois, ali, assim sem contarmos. Sem termos feito nada para que acontecesse. Acaso. Será? Acaso? Nem sei, imagina lá tu. Claro que foi acaso. Não! Não foi nada disso. Há certas coisas na vida que não são acasos. Esta foi uma delas. Um momento indelével. Sem jogos, sem xeque-mate. Sem medo. Sem medos. Várias centelhas felizes dentro de um momento único.
A felicidade e a alegria que sentimos depois de tanto tempo de afastamento. Ai como é bom sentir o amor verdadeiro, o privilégio que é sermos um puzzle de duas peças.
O amor? Sim, acredito. Claro que acredito. Provas? Tenho várias! Mas nem precisava, sabes disso...
A festa? Era um casamento, já te disse, distraído! As pessoas, os convidados? Nem sei. Acreditas que não consigo lembrar-me? Quando te olhei, não vi mais ninguém. Mas tu certamente também não recordas quem lá estava, e nem eu te perguntaria por eles. Não interessa. Eram apenas os outros.
Depois olhei-te novamente e... vi-te. A minha alma aqueceu. E como aqueceu! A minha alma sempre aquecia de cada vez que te via. E essa particularidade não mudou. Ali estávamos nós, tão bem, tão maravilhosamente bem. Desaparecemos da festa, por um dos vários corredores da mansão. A correr de mão dada, os nossos pés a baterem com força no chão de madeira. Duas crianças que não conseguem disfarçar a felicidade que sentem. Tenho a certeza que nos perdoaram o egoísmo.
Quando nos encontraremos de novo? Mais logo? Então tenho que adormecer... encontro-te do outro lado.
For someone exactly like you I've been traveling all around the world Waiting for you to come through Someone like you Make it all worth while Someone like you
(...)
I've been all around the world Marching to the beat of a different drum But just lately I have realized Baby the best is yet to come
Henri Charrière (1906 - 1973), escritor francês, autor do livro 'Papillon' e ex-militar da marinha francesa, foi condenado injustamente à pena de prisão perpétua e mandado para o exílio na Ilha do Diabo, Guiana Francesa. Aí conheceu outros personagens os quais participaram no seu livro.
Um dos últimos filmes protagonizados por Steve McQueen (1930 - 1980)