Aproveitei ao máximo amar-te? Tantas coisas que não fizemos. Dei-te tudo o que o meu coração te podia dar? Duas vidas não vividas com vida para viver. Quando estes dias intermináveis e solitários passarem, Vou aproveitar ao máximo amar-te. Vou aproveitar ao máximo amar-te.
Será que aproveitámos ao máximo tudo o que tínhamos? Não te ver entristece o meu coração. Será que aproveitámos ao máximo os dias de verão? Ainda temos tempo para mudar os nossos caminhos. Quando estes dias intermináveis e solitários passarem, Vou aproveitar ao máximo amar-te. Vou aproveitar ao máximo amar-te. Vou aproveitar ao máximo amar-te. Vou aproveitar ao máximo amar-te.
Será que essas palavras carinhosas ficaram na minha cabeça? Tantas coisas ficaram por dizer. Dei-te tudo o que o meu coração te podia dar? Duas vidas não vividas com vida para viver. Quando estes dias intermináveis e solitários passarem, Vou aproveitar ao máximo amar-te. Vou aproveitar ao máximo amar-te. Vou aproveitar ao máximo amar-te. Vou aproveitar ao máximo amar-te.
‘Did I Make the Most of Loving You?’
Compositor: John Lunn | Letra: Don Black | Interpretado por: Mary-Jess
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Did I make the most of loving you? So many things we didn't do. Did I give you all my heart could give? Two unlived lives with lives to live. When these endless, lonely days are through, I'll make the most of loving you. I'll make the most of loving you.
Did we make the most of all we had? Not seeing you makes my heart sad. Did we make the most of summer days? We still have time to change our ways. When these endless, lonely days are through, I'll make the most of loving you. I'll make the most of loving you. I'll make the most of loving you. I'll make the most of loving you.
Did those tender words stay in my head? So many things were left unsaid. Did I give you all my heart could give? Two unlived lives with lives to live. When these endless, lonely days are through, I'll make the most of loving you. I'll make the most of loving you. I'll make the most of loving you. I'll make the most of loving you.
‘Did I Make the Most of Loving You?’
Composer: John Lunn | Lyrics: Don Black | Performed by: Mary-Jess
"Acordada ainda no escuro, como se houvesse o sol chegado atrás das beiradas da noite. E logo sentava-se no tear.
Linha clara, para começar o dia. Delicado traço cor da luz, que ela ia passando entre os fios estendidos, enquanto la fora a claridade da manhã desenhava o horizonte.
Depois lãs mais vivas, quentes lãs iam tecendo hora a hora, em longo tapete que nunca acabava.
Se era forte demais o sol, e no jardim pendiam as pétalas, a moça colocava na lançadeira grossos fios cinzentos do algodão mais felpudo. Em breve, na penumbra trazida pelas nuvens, escolhia um fio de prata, que em pontos longos rebordava sobre o tecido. Leve, a chuva vinha cumprimentá-la à janela.
Mas se durante muitos dias o vento e o frio brigavam com as folhas e espantavam os pássaros, bastava a moça tecer com seus belos fios dourados, para que o sol voltasse a acalmar a natureza.
Assim, jogando a lançadeira de um lado para o outro e batendo os grandes pentes do tear para frente e para trás, a moça passava seus dias.
Nada lhe faltava. Na hora da fome tecia um lindo peixe, com cuidados de escamas. E eis que o peixe estava na mesa, pronto para ser comido. Se sede vinha, suave era a lã de leite que entremeava o tapete. E à noite, depois de lançar seu fio de escuridão, dormia tranquila.
Tecer era tudo o que fazia. Tecer era tudo o que queria fazer.
Mas tecendo e tecendo, ela própria trouxe o tempo em que se sentiu sozinha, e pela primeira vez pensou como seria bom ter um marido ao lado.
Não esperou o dia seguinte. Com capricho de quem tenta uma coisa nunca conhecida, começou a entremear no tapete as lãs e as cores que lhe dariam companhia. E aos poucos seu desejo foi aparecendo , chapéu emplumado, rosto barbeado, corpo emprumado, sapato engraxado. Estava justamente acabando de entremear o último fio da ponta dos sapatos, quando bateram à porta.
Nem precisou abrir. O moço meteu a mão na maçaneta, tirou o chapéu de pluma, e foi entrando na sua vida.
Aquela noite, deitada contra o ombro dele, a moça pensou nos lindos filhos que teceria para aumentar ainda mais a sua felicidade.
E feliz foi, por algum tempo. Mas se o homem tinha pensado em filhos, logo os esqueceu. Porque, descoberto o poder do tear, em nada mais pensou a não ser nas coisas todas que ele poderia lhe dar.
– Uma casa melhor é necessária – disse para a mulher. E parecia justo, agora que eram dois. Exigiu que escolhesse as mais belas lãs cor de tijolo, fios verdes para os batentes, e pressa para a casa acontecer.
Mas pronta a casa, já não lhe pareceu suficiente. - Por que ter casa, se podemos ter palácio? - Perguntou. Sem querer resposta, imediatamente ordenou que fosse de pedra com arremates de prata.
Dias e dias, semanas e meses trabalhou a moça tecendo tetos e portas, pátios e escadas, e salas e poços. A neve caía lá fora, e ela não tinha tempo para chamar o sol. A noite chegava, e ela não tinha tempo para arrematar o dia. Tecia e entristecia, enquanto sem parar batiam os pentes acompanhando o ritmo da lançadeira.
Afinal, o palácio ficou pronto. E entre tantos cômodos, o marido escolheu para ela e seu tear o mais alto quarto da mais alta torre.
– É para que ninguém saiba do tapete – disse. E antes de trancar a porta a chave advertiu: - Faltam as estrebarias. E não se esqueça dos cavalos!
Sem descanso tecia a mulher caprichos do marido, enchendo o palácio de luxos, os cofres de moedas, as salas de criados. Tecer era tudo o que queria fazer.
E tecendo, ela própia trouxe o tempo em que sua tristeza lhe pareceu maior que o palácio com todos os seus tesouros. E pela primeira vez pensou como seria bom estar sozinha de novo.
Só esperou anoitecer. Levantou-se enquanto o marido dormia sonhando com novas exigências. E descalça para não fazer barulho, subiu a longa escada do torrre, sentou-se ao tear.
Desta vez não precisou escolher linha nenhuma. Segurou a lançadeira ao contrário, e, jogando-a veloz de um lado para o outro, começou a defazer seu tecido. Desteceu os cavalos, as carruagens, as estrebarias, os jardins. Depois desteceu os criados e o palácio e todas as maravilhas que continha. E novamente se viu na sua casa pequena e sorriu para o jardim além da janela.
A noite acabava quando o marido, estranhando a cama dura, acordou, e espantado olhou em volta. Não teve tempo de se levantar. Ela já desfazia o desenho escuro dos sapatos, e ele viu seus pés desparecendo, sumindo as pernas. Rápido, o nada subiu-lhe o corpo, tomou o peito aprumado, o emplumado chapéu.
Então, como se ouvisse a chegada do sol, a moça escolheu uma linha clara. E foi passando-a devagar entre os fios, delicado traço de luz, que a manhã repetiu na linha do horizonte."
"Eu venho desde ontem, do escuro passado e esquecido com as mãos amarradas pelo tempo, e a boca selada das épocas remotas.
Venho carregada das dores antigas, Guardadas por séculos, arrastando correntes longas e indestrutíveis…
Eu venho da obscuridade, do poço do esquecimento, com o silêncio nas costas, do medo ancestral que tem corroído a minha alma desde o princípio dos tempos…
Venho de ser escrava por milénios, escrava de maneiras diferentes: submetida ao desejo de meu raptor na Pérsia, escravizada na Grécia pelo poder romano, convertida em vestal nas terras do Egipto, oferecida aos deuses em ritos milenares, vendida no deserto ou avaliada como uma mercadoria…
Eu venho de ser apedrejada por adúltera nas ruas de Jerusalém, por uma multidão dos hipócritas, pecadores de todas as espécies, que clamavam aos céus pela minha punição…
Tenho sido mutilada em muitos povos para privar o meu corpo dos prazeres e convertida em animal de carga trabalhadora e parideira da espécie…
Têm-me violado sem limites, em todos os cantos do planeta, sem levarem em consideração a minha idade madura ou juventude , minha cor ou estatura…
Tive que servir ontem aos senhores, submeter-me aos seus desejos, entregar-me,doar-me, destruir-me para esquecer-se de ser uma entre milhares.
Fui cortesã de um senhor em Castilha, Esposa de um marquês E concubina de um comerciante grego, Prostituta em Bombaim e nas Filipinas E esse tratamento foi sempre igual….
De um e de outros sempre fui escrava, De um e de outros sempre fui dependente, menor de idade em todos os assuntos, Invisível na História mais antiga e esquecida na História mais recente Não tive a luz do alfabeto…
Durante muitos séculos, reguei com as minhas lágrimas a terra que devia cultivar desde a infância….
Tenho percorrido o mundo em milhares das vidas que me têm sido entregues uma a uma e tenho conhecido todos os homens do planeta: Os grandes, os pequenos, os bravos e cobardes, Os vis os honestos, os bons e os terríveis Mas quase todos levam a marca do tempo…
Uns manejam vidas como patrões e senhores, Asfixiam, aprisionam e aniquilam Outros subjugam almas, comercializam com ideias assustam ou seduzem manipulam ou oprimem…
Conheço-os a todos. Estive perto de uns e de outros Servindo cada dia, Recolhendo migalhas, Humilhando-me a cada passo, cumprindo o meu karma…
Tenho percorrido todos os caminhos arranhando paredes, ensaiando silêncios tratando de cumprir as ordens de ser como eles querem, mas não tenho conseguido…
Jamais foi permitido que eu escolhesse O rumo da minha vida. Tenho caminhado sempre em disjunção entre o ser santa ou prostitua…
Tenho conhecido o ódio e os inquisidores que em nome da santa madre igreja condenam o meu corpo ao seu serviço às infames chamas da fogueira.
Têm-me chamado de múltiplas maneiras: Bruxa, louca, adivinha, pervertida, aliada de Satã, escrava da carne, sedutora ninfomaníaca culpada de todos os males da Terra…
Mas segui vivendo, arando, colhendo, costurando, construindo, cozinhando, tecendo, curando, protegendo, parindo, criando, amamentando, cuidando e, sobretudo, amando…
Tenho povoado a Terra de senhores e escravos, de ricos e mendigos, de génios e idiotas, mas todos tiveram o calor do meu ventre, meu sangue e seu alimento e levaram com eles um pouco da minha vida…
Consegui sobreviver à conquista brutal e sem piedade de Castilha nas terras da América. Mas perdi meus deuses e a minha terra e meu ventre pariu gente mestiça depois que o meu patrão me tomou à força…
E neste continente mestiço prossegui a minha existência carregada de dores quotidiana negra e escrava . No meio da fazenda me vi obrigada A receber o patrão quantas vezes ele quisesse Sem poder expressar nenhuma queixa…
Depois fui costureira, camponesa , servente , agricultora Mãe de muitos filhos miseráveis, vendedora ambulante, curandeira, babá,cuidadora de velhos, artesã de mãos prodigiosas, tecelã bordadeira, operária, professora, secretária, enfermeira….
Sempre servindo a todos convertida em abelha ou semeadeira, cazendo as tarefas mais ingratas, moldada como uma jarra por mãos alheias… Vieram milhões de mulheres juntas escutar a minhas queixas. Falou-se de dores milenares, dos enormes grilhões que os séculos nos fizeram carregar nas costas e formamos com todos os nossos lamentos um caudaloso rio que começou a percorrer o Universo, afogando a injustiça e os esquecimento…
O mundo ficou paralisado, os homens e mulheres não caminharam. Pararam as máquinas, os tornos, os grandes edifícios e as fábricas, ministérios e hotéis, oficinas, hospitais, e lojas e lares e cozinhas…
Nós mulheres finalmente descobrimos: Somos tão poderosas quanto eles E somos muito mais numerosas sobre a Terra! Mais que o silêncio, mais que o sofrimento, Mais que a infância e mais que a miséria!
Que este cântico ressoe nas longínquas terras da Indochina nas cálidas areias de África, no Alasca e na América Latina
Proclamando a igualdade entre os géneros Para construir um mundo solidário -diferente, horizontal, sem poderes - a conjugar a ternura, a paz e a vida a beber da ciência sem distinção.
A derrotar o ódio e os preconceitos, O poder de uns poucos, as mesquinhas fronteiras , a amassar com as mãos de ambos os sexos, o pão da existência…"
Youtube e Ridley Scott apresentam 'Life in a Day'.
Um documentário sobre um único dia na Terra: 24 de Julho de 2010. Uma colectânea de vídeos comuns, filmados por pessoas comuns e que relata o quotidiano vivido nos quatro cantos do Mundo.
Me gusta la gente que vibra, que no hay que empujarla, que no hay que decirle que haga las cosas, sino que sabe lo que hay que hacer y que lo hace. La gente que cultiva sus sueños hasta que esos sueños se apoderan de su propia realidad. Me gusta la gente con capacidad para asumir las consecuencias de sus acciones, la gente que arriesga lo cierto por lo incierto para ir detrás de un sueño, quien se permite, huir de los consejos sensatos dejando las soluciones en manos de nuestro padre Dios. Me gusta la gente que es justa con su gente y consigo misma, la gente que agradece el nuevo día, las cosas buenas que existen en su vida, que vive cada hora con buen ánimo dando lo mejor de si, agradecido de estar vivo, de poder regalar sonrisas, de ofrecer sus manos y ayudar generosamente sin esperar nada a cambio. Me gusta la gente capaz de criticarme constructivamente y de frente, pero sin lastimarme ni herirme. La gente que tiene tacto. Me gusta la gente que posee sentido de la justicia. A éstos los llamo mis amigos. Me gusta la gente que sabe la importancia de la alegría y la predica. La gente que mediante bromas nos enseña a concebir la vida con humor. La gente que nunca deja de ser aniñada. Me gusta la gente que con su energía contagia. Me gusta la gente sincera y franca, capaz de oponerse con argumentos razonables a las decisiones de cualquiera. Me gusta la gente fiel y persistente, que no desfallece cuando de alcanzar objetivos e ideas se trata. Me gusta la gente de criterio, la que no se avergüenza en reconocer que se equivocó o que no sabe algo. La gente que, al aceptar sus errores, se esfuerza genuinamente por no volver a cometerlos. La gente que lucha contra adversidades. Me gusta la gente que busca soluciones. Me gusta la gente que piensa y medita internamente. La gente que valora a sus semejantes no por un estereotipo social ni como lucen. La gente que no juzga ni deja que otros juzguen. Me gusta la gente que tiene personalidad. Me gusta la gente capaz de entender que el mayor error del ser humano es intentar sacarse de la cabeza aquello que no sale del corazón. Con gente como ésa, me comprometo para lo que sea por el resto de mi vida, ya que por tenerlos junto a mi me doy por bien retribuido.
É um resumo do Myers Briggs Type Indicator, ou MBTI. A dica principal para responder é a seguinte:
"Escolha a alternativa que você PREFERE, sem se importar no que os outros acham. A primeira resposta que lhe vier à cabeça é a mais original, a que vem do coração".
O relatório aparece na hora e vem com as principais profissões que se adequam ao seu tipo psicológico.
"Basta clicar AQUI e assistir a uma coisa absolutamente impressionante, quer a nível técnico, quer a nível musical.Trata-se de um grupo de pessoas que não se conhecem entre si. É aqui que entram os técnicos de som e imagem voluntários e sem remuneração que se ocuparam de captar o som de cada um dos "cantores", individualmente, a nível mundial (uma vez que são actuações ao ar livre, o que é extremamente difícil de fazer sem "ruídos exteriores"). Posto isto e remisturado, atingindo um nível de pureza musical notável, chegamos a esta maravilha musical conseguida através de alta tecnologia e que, num instante, junta as pessoas de todo o mundo, fazendo-as sentir e falar ao mesmo tempo a mesma linguagem universal, a música."
"Existem pessoas nas nossas vidas que nos fazem felizes pela simples casualidade de terem cruzado o nosso caminho. Algumas percorrem o caminho a nosso lado, vendo muitas luas passar, mas outras apenas vemos entre um passo e outro. A todas chamamos amigos e há muitas classes deles. Talvez cada folha de uma árvore represente um dos nossos amigos. Os primeiros a nascer são o nosso amigo Pai e a nossa amiga Mãe, que nos mostram o que é a vida. Depois, vêm os amigos Irmãos, com quem dividimos o nosso espaço para que possam florescer como nós. Passamos a conhecer toda a família de folhas a quem respeitamos e desejamos o bem. Mas o destino apresenta-nos a outros amigos, os quais não sabíamos que iriam cruzar-se no nosso caminho. A muitos deles chamamos amigos da alma e do coração. São sinceros, verdadeiros, sabem quando não estamos bem o que nos faz feliz. E, por vezes, um desses nossos amigos da alma estala no nosso coração e então chamamos-lhe um amigo namorado. Esse dá brilho aos nossos olhos, música aos nossos lábios e saltos aos nossos pés. Mas também há aqueles amigos de passagem, talvez umas férias ou uns dias ou umas horas. Eles colocam-nos sorrisos no rosto durante o tempo que estamos com eles. Não podemos esquecer os amigos distantes, aqueles que estão na "ponta das ramas" e que quando o vento sopra, sempre aparecem entre uma folha e outra. O tempo passa, o Verão vai-se, o Outono aproxima-se e perdemos algumas das nossas folhas, algumas nascem noutro Verão e outras permanecem por muitas estações. Mas o que nos deixa mais felizes é que as folhas que caíram continuam juntas, alimentando a nossa raiz com alegria. São recordações de momentos maravilhosos de quando se cruzaram no nosso caminho. Cada pessoa que passa na nossa vida é única. Deixa sempre um pouco de si e leva um pouco de nós. Haverá os que levam muito, mas não haverá os que não nos deixam nada!
Esta é a maior responsabilidade da nossa vida e a prova evidente de que duas almas não se encontram por casualidade."
Sobre Humanidade. Sobre Solidariedade. Sobre Confiança. Sobre Esperança.
Sobre o que deveria ser a definição de 'Ser Humano'.
Obrigada, P.H.!
Cleópatra
"Dois homens, ambos gravemente doentes, estavam no mesmo quarto de hospital. Um deles podia sentar-se na sua cama durante uma hora, todas as tardes, para que os fluidos circulassem nos seus pulmões. A sua cama estava junto à única janela do quarto. O outro homem tinha de ficar sempre deitado de costas.
Os homens conversavam horas a fio. Falavam das suas mulheres e famílias, das suas casas, dos seus empregos, onde tinham passado as férias, etc. E todas as tardes, quando o homem da cama perto da janela se sentava, ele passava o tempo a descrever ao seu companheiro de quarto, todas as coisas que ele conseguia ver do lado de fora da janela. O homem da cama do lado começou a viver à espera desses períodos de uma hora, em que o seu mundo era alargado e animado por toda a actividade e cor do mundo do lado de fora da janela.
A janela dava para um parque com um lindo lago. Patos e cisnes chapinhavam na água enquanto as crianças brincavam com os seus barquinhos. Jovens namorados caminhavam de braços dados por entre as flores de todas as cores do arco-íris. Árvores velhas e enormes acariciavam a paisagem, e uma ténue vista da silhueta da cidade podia ser vista no horizonte.
Enquanto o homem da cama perto da janela descrevia isto tudo com extraordinário pormenor, o homem no outro lado do quarto fechava os seus olhos e imaginava a pitoresca cena.
Um dia, o homem perto da janela descreveu um desfile que ia a passar. Embora o outro homem não conseguisse ouvir a banda, ele conseguia vê-la e ouvi-la na sua mente, enquanto o outro senhor a retractava através de palavras bastante descritivas. Dias e semanas passaram.
Uma manhã, a enfermeira chegou ao quarto trazendo água para os seus banhos, e encontrou o corpo sem vida do homem perto da janela, que tinha falecido calmamente enquanto dormia. Ela ficou muito triste e chamou os funcionários do hospital para que levassem o corpo.
Logo que lhe pareceu apropriado, o outro homem perguntou se podia ser colocado na cama perto da janela. A enfermeira disse logo que sim e fez a troca. Depois de se certificar de que o homem estava bem instalado, a enfermeira deixou o quarto.
Lentamente, e cheio de dores, o homem ergueu-se, apoiado no cotovelo, para contemplar o mundo lá fora. Fez um grande esforço e lentamente olhou para o lado de fora da janela que dava, afinal, para uma parede de tijolo!
O homem perguntou à enfermeira o que teria feito com que o seu falecido companheiro de quarto lhe tivesse descrito coisas tão maravilhosas do lado de fora da janela.
A enfermeira respondeu que o homem era cego e nem sequer conseguia ver a parede, "Talvez ele quisesse apenas dar-lhe coragem...".
"Há uma felicidade tremenda em fazer os outros felizes, apesar dos nossos próprios problemas."
"A dor partilhada é metade da tristeza, mas a felicidade, quando partilhada, é dobrada.""