Quarta-feira, 23 de Setembro de 2015

 

 

 

Hoje ocorre o Equinócio de Outono, às 09h20m.

 

(hora legal de Portugal Continental, ou seja, UTC+1).

 

 

Este instante marca o início do Outono no Hemisfério Norte.

 

 

Esta estação prolonga-se por 89,81 dias...

 

 

Feliz Outono!

 

 

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EQUINÓCIO OUTONO 2015 

 

 

* * *

 

 

Eis chega Uriel, que então no fim da tarde

Sobre um raio do Sol desceu ligeiro, —

Qual voa a estrela que, fendendo a noite

Quando no outono os vaporosos ares

Fácil se inflamam, dá sinal não dúbio

De que rumo da agulha os nautas devem

Dos tempestuosos ventos precatar-se.

O anjo, todo apressado, assim se expressa:

 

“Gabriel, que exerces o distinto encargo

De estes sítios guardares tão ditosos,

Para que ente algum mau não se aventure

A entrar-lhes dentro ou a chegar-lhes perto;

Sabe que hoje ao mei’-dia veio ansioso

À esfera minha um anjo, pretendendo

Reconhecer melhor (segundo disse)

De Deus as obras e mormente o homem

Que certo é dele a mais recente imagem.

Ensinei-lhe o caminho: eis que ligeiro

Partiu. Mas pus-me a pesquisar seu porte;

Na montanha que fica ao norte do Éden

Pousou primeiro; ali diviso pronto

Por terríveis paixões escurecidos

Os olhos seus em que ressumbram planos

Ao Céu contrários: continuei a vê-lo

Té que se me ocultou sob estas sombras.

Temo que algum dos réprobos ousasse

Sair do Abismo a nos fazer mais guerras.

A vigilância tua deve achá-lo.”

Logo o alado guerreiro lhe responde:

“Não é para admirar que a tua vista

Tão perfeita como é, Uriel, alcance

Do Sol brilhante, junto ao qual te assentas,

A tão remoto sítio: desta porta

Não deixa a guarda penetrar por ela

Senão do Céu os conhecidos núncios:

Ninguém aqui chegou desde o mei’-dia.

Se espírito suspeito entrou astuto,

Com estudado ardil pulou decerto

Estas térreas muralhas superando:

E tu sabes mui bem quanto é difícil

Embaraçar espirituais substâncias

Com materiais barreiras inda que altas.

Porém se no recinto destes muros

Estiver quem tu dizes, traje embora

Qualquer das formas que melhor o encubra,

Mal que rompa a manhã darei com ele.”

 

John Milton, “Paraíso Perdido”, 1667

 

 

 

publicado por Cleópatra M.P. às 00:00
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Sexta-feira, 31 de Julho de 2015

 

 

 

 

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Hoje é noite de Lua Cheia e será uma Blue Moon, "Lua Azul".

 

Desengane-se quem pensar que verá uma lua azul.

Seria bonito, eu sei, mas não vai acontecer!

 

Este fenómeno nada tem a ver com a cor:

cada ano tem 12 luas cheias , mas raras vezes aparece um

ano com 13 luas cheias como é o caso de 2015.

Ora, terá que haver um mês com duas luas cheias.

E este ano esse mês é Julho. Teve lua cheia no dia 2

e terá novamente HOJE, dia 31!

E a esta segunda lua cheia do mês dá-se o nome

de Blue Moon, "Lua Azul"!

 

A última Blue Moon ocorreu em 2012 e a próxima

será em 2018.

 

 

 

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Blue Moon, Rod Stewart

 

* * *

 

 

"Blue moon, you saw me standing alone, without a dream in my heart, without a love of my own..."

 

Richard Rodgers/Lorenz Hart, 1934

 

 

 

 

publicado por Cleópatra M.P. às 00:00
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Quinta-feira, 11 de Agosto de 2011

 

 

Nas noites de hoje, amanhã e depois,

 

a chuva de 'estrelas cadentes'

 

estará no seu máximo.

 

 

São as Perseidas,

 

a chuva de meteoros mais 'famosa' do ano!

 

 

 

* * *

 

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Perseidas, porque parece ser originária das vizinhanças

da estrela gamma persei na constelação Perseu.

 

É uma chuva provocada pela intersecção da órbita

da Terra com a órbita do cometa Swift-Tuttle.

 

O facto de estar Lua Cheia vai 'ofuscar'

um pouco o brilho da 'chuva'.

Até porque luar como o de Agosto,

só o de Janeiro...

Mas com uma Taxa Horária Zenital prevista

de 100 meteoros, uau!

 

Bem, é esperar para ver!

Aproveitar o céu limpo!

 

 A não perder a partir da meia noite!

 

 

publicado por Cleópatra M.P. às 23:45
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Segunda-feira, 14 de Fevereiro de 2011

 

 

Um livro excelente que li na adolescência, e que tenho sempre por perto. De vez em quando, abro-o aleatoriamente e leio um bom bocado. E fico deliciada com as notas que escrevi naquela época, nos bordos das páginas...

 

 

* * * 

  

"Embora tivesse de me deitar cedo, às vezes, no inverno, via as estrelas. Costumava olhar para elas, cintilantes e distantes, e ficava a pensar o que é que elas eram. Perguntava a miúdos mais velhos e a adultos, que normalmente só me respondiam: 'São luzes no céu, pazinho.' Que eram luzes no céu também eu via. Mas o que eram elas? Simples lampadazinhas suspensas? Para quê? Sentia uma certa pena delas: uma banalidade cujo enigma eu de certo modo escondia dos meus indiferentes companheiros. Tinha de haver uma resposta mais profunda.

Mal atingi a idade necessáia, os meus pais deram-me o meu primeiro cartão de biblioteca. Parece-me que a biblioteca era na Rua 85, para mim terreno estranho. Imediatamente pedi à bibliotecária alguma coisa que falasse de estrelas. E ela voltou com um livro ilustrado com retratos de homens e mulheres com nomes como Clark Gable e Jean Harlow. Eu reclamei e, por alguma razão que na altura não percebi, ele sorriu e foi buscar outro livro - um dos que eu queria. Abri-o de respiração suspensa e li até encontrar. O livro dizia uma coisa espantosa, um enorme pensamento. Dizia que as estrelas eram sóis, só que muito distantes. O Sol era uma estrela, mas próxima. (...) Não tinha a mínima hipótese de calcular a distância até às estrelas. Mas sabia que, se as estrelas eram sóis, tinham de estar muito, muito longe - mais longe que a Rua 85, mais longe do que Manhattan, provavelmente mais longe do que a Nova Jérsia. O cosmos era muito maior do que eu tinha imaginado. (...) Então, nesse caso, pensei eu, é legítimo pensar que as outras estrelas também têm planetas, que ainda não detectámos, e que alguns dessoutros planetas devem ter vida (porque não?), um tipo de vida provavelmente diferente daquela que nós conhecemos, a vida em Brooklyn. E assim decidi que havia de ser astrónomo, estudar as estrelas e planetas e, se pudesse, ir visitá-los. (...)

O que são as estrelas? É uma pergunta tão natural como o sorriso duma criança. E nós sempre a fizemos. O que distingue a nossa época é que, finalmente, sabemos algumas das respostas. (...)

O que é que os nossos antepassados julgavam que eram as estrelas?"

  

  

Carl Sagan (1934 - 1996)

in Cosmos, Edição Gradiva, pp.194-196

  

 

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Unreleased music suite - Cosmos Special Edition 1986 by Vangelis

 

 

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publicado por Cleópatra M.P. às 00:37
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Domingo, 31 de Outubro de 2010

 

 

Milhões de planetas do tamanho da Terra!!

 

 

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"A nossa galáxia contém cerca de 200 mil milhões de estrelas, contando com 46 mil milhões de planetas como o nosso.

 

Uma em cada quatro estrelas da nossa galáxia, semelhantes ao Sol, podem ter planetas do mesmo tamanho da Terra. Tal significa que podem existir vários milhões só na Via Láctea, dos quais uma centena com a potencialidade de albergar vida, segundo um estudo da agência espacial norte-americana (NASA).

"Os dados recolhidos dizem- -nos que a nossa galáxia, que contém cerca de 200 mil milhões de estrelas, tem ao menos 46 mil milhões de planetas do mesmo tamanho que a Terra, sem contar aqueles cuja órbita é mais afastada do seu astro mas ainda se encontram na zona habitável", disse o astrónomo Geoff Marcy, da Universidade da Califórnia, um dos principais autores do estudo publicado na revista Science. Considera-se habitável a zona que não é demasiado quente nem fria e onde pode existir água em estado líquido.

Os astrónomos que realizaram este recenseamento planetário utilizaram dois potentes telescópios ópticos e de infravermelhos, no monte Mauna Kea, no Havai. Durante cinco anos, observaram 166 estrelas situadas num raio de 80 anos-luz da Terra. Um ano-luz equivale a 9469 mil milhões de quilómetros.

Os astrónomos observaram planetas de diferentes tamanhos, desde três vezes a massa da Terra até mil vezes. Os resultado revelam que há mais planetas pequenos que grandes, logo a conclusão é que estes são mais frequentes na Via Láctea. "Tais planetas na nossa galáxia são como grãos de areia dispersos numa praia, estão por todo o lado", afirmou Marcy."

 

 

in DN Ciência, 31 Outubro 2010

 

 

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The Grand Tour and the Cosmos - Vangelis
 
publicado por Cleópatra M.P. às 23:55
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