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"Para aqueles que crêem, nenhuma explicação é necessária;
e para aqueles que não crêem, nenhuma explicação é possível."
Santo Inácio de Loyola
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"Para aqueles que crêem, nenhuma explicação é necessária;
e para aqueles que não crêem, nenhuma explicação é possível."
Santo Inácio de Loyola
Um texto com mais de uma centena de anos!
Vale a pena ler. Aliás, vale a pena ler o livro inteiro.
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"Uma grande parte da população limita-se nos dias de hoje a vegetar num torpor sombrio e insensível. (...) A grande valorização do minuto, a urgência, motivo mais importante da nossa vida, é sem sombra de dúvida o mais perigoso inimigo da alegria. É esboçando um sorriso nostálgico que lemos os idílios e viagens sentimentais de épocas já passadas. Não tinham os nossos avós tempo para tudo? Quando um dia li a écloga de Friedrich Schlegel acerca do ócio, não consegui evitar este pensamento: o quanto não terias tu suspirado se tivesses de fazer o ttrabalho que nós fazemos!
Parece triste, todavia inevitável, que essa pressa da vida que actualmente levamos nos haja influenciado de modo tão agressivo e prejudicial desde a mais tenra idade. Infelizmente, essa precipitação da vida moderna também já há muito se apoderou do nosso parco lazer; a nossa maneira de apreciar algo fica pouco a dever ao nervosismo e à extenuante entrega com que nos dedicamos ao trabalho. 'O mais possível, o mais rápido possível', eis o lema. Resulta daí sempre cada vez mais entretenimento, mas cada vez menos alegria."
Hermann Hesse, Da Felicidade, 1899
Oxalá esteja Céu limpo!
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"O Mundo vai poder observar a maior Lua cheia das últimas duas décadas no próximo sábado. Como é véspera de equinócio, quem paga é a Páscoa, que se vê este ano empurrada para mais tarde no calendário.
No dia 19 de Março, a Lua vai parecer invulgarmente maior, porque vai ficar tão próxima da Terra como não acontecia há 18 anos, explicou Rui Jorge Agostinho, director do Observatório Astronómico de Lisboa (OAL), citado pela agência Lusa.
O fenómeno de aproximação da lua à Terra é designado perigeu (oposto ao apogeu, quando está mais afastada), explica-se por a órbita deste satélite não ser circular, mas elíptica, e não é invulgar, acontecendo todos os anos.
O que acontece de extraordinário este ano é explicado pelo astrónomo: "A forma da elipse, a excentricidade da elipse, varia periodicamente, às vezes é mais alongada, outras mais curta. Alguns dos perigeus que ocorrem sucessivamente são mais próximos do que outros".
"A coincidência é haver um perigeu desses muito próximos e que também coincide com a Lua cheia, e isso dá uma Lua maior do que o habitual", acrescentou.
Nelma Silva, do núcleo de divulgação do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto, especificou que este perigeu vai fazer com que a Lua esteja a cerca de 356 mil quilómetros da Terra, enquanto que em média está à volta dos 360 mil quilómetros de distância." (in JN, 17 Março 2011)
Ler artigo completo AQUI
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"Dá-me a tua mão:
Vou agora te contar
como entrei no inexpressivo
que sempre foi a minha busca cega e secreta.
De como entrei
naquilo que existe entre o número um e o número dois,
de como vi a linha de mistério e fogo,
e que é linha sub-reptícia.
Entre duas notas de música existe uma nota,
entre dois fatos existe um fato,
entre dois grãos de areia por mais juntos que estejam
existe um intervalo de espaço,
existe um sentir que é entre o sentir
– nos interstícios da matéria primordial
está a linha de mistério e fogo
que é a respiração do mundo,
e a respiração contínua do mundo
é aquilo que ouvimos
e chamamos de silêncio."
Clarice Lispector
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Há 249 dias sem conseguir formar governo, a Bélgica bate recorde mundial e 'rouba' 1º lugar ao Iraque.
Sem governo, porque flamengos e francófonos não se entendem...
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For beautiful eyes, look for the good in others;
for beautiful lips, speak only words of kindness;
and for poise, walk with the knowledge that you are never
alone.
Audrey Hepburn
(1929 - 1993)
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Demasiada Loucura é o mais divino Juízo
Para um Olhar criterioso
Demasiado Juízo - a mais severa Loucura
É a Maioria que
Nisto, como em Tudo, prevalece
Consente - e és são
Objecta - és perigoso de imediato
E acorrentado
Emily Dickinson, in "Poemas e Cartas"
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"O palhaço compra empresas de alta tecnologia em Puerto Rico por milhões, vende-as em Marrocos por uma caixa de robalos e fica com o troco. E diz que não fez nada. O palhaço compra acções não cotadas e num ano consegue que rendam 147,5 por cento. E acha bem.
O palhaço escuta as conversas dos outros e diz que está a ser escutado. O palhaço é um mentiroso. O palhaço quer sempre maiorias. Absolutas. O palhaço é absoluto. O palhaço é quem nos faz abster. Ou votar em branco. Ou escrever no boletim de voto que não gostamos de palhaços. O palhaço coloca notícias nos jornais. O palhaço torna-nos descrentes. Um palhaço é igual a outro palhaço. E a outro. E são iguais entre si. O palhaço mete medo. Porque está em todo o lado. E ataca sempre que pode. E ataca sempre que o mandam. Sempre às escondidas. Seja a dar pontapés nas costas de agricultores de milho transgénico seja a desviar as atenções para os ruídos de fundo. Seja a instaurar processos. Seja a arquivar processos. Porque o palhaço é só ruído de fundo. Pagam-lhe para ser isso com fundos públicos. E ele vende-se por isso. Por qualquer preço. O palhaço é cobarde. É um cobarde impiedoso. É sempre desalmado quando espuma ofensas ou quando tapa a cara e ataca agricultores. Depois diz que não fez nada. Ou pede desculpa. O palhaço não tem vergonha. O palhaço está em comissões que tiram conclusões. Depois diz que não concluiu. E esconde-se atrás dos outros vociferando insultos. O palhaço porta-se como um labrego no Parlamento, como um boçal nos conselhos de administração e é grosseiro nas entrevistas. O palhaço está nas escolas a ensinar palhaçadas. E nos tribunais. Também. O palhaço não tem género. Por isso, para ele, o género não conta. Tem o género que o mandam ter. Ou que lhe convém. Por isso pode casar com qualquer género. E fingir que tem género. Ou que não o tem. O palhaço faz mal orçamentos. E depois rectifica-os. E diz que não dá dinheiro para desvarios. E depois dá. Porque o mandaram dar. E o palhaço cumpre. E o palhaço nacionaliza bancos e fica com o dinheiro dos depositantes. Mas deixa depositantes na rua. Sem dinheiro. A fazerem figura de palhaços pobres. O palhaço rouba. Dinheiro público. E quando se vê que roubou, quer que se diga que não roubou. Quer que se finja que não se viu nada.
Depois diz que quem viu o insulta. Porque viu o que não devia ver.
O palhaço é ruído de fundo que há-de acabar como todo o mal. Mas antes ainda vai viabilizar orçamentos e centros comerciais em cima de reservas da natureza, ocupar bancos e construir comboios que ninguém quer. Vai destruir estádios que construiu e que afinal ninguém queria. E vai fazer muito barulho com as suas pandeiretas digitais saracoteando-se em palhaçadas por comissões parlamentares, comarcas, ordens, jornais, gabinetes e presidências, conselhos e igrejas, escolas e asilos, roubando e violando porque acha que o pode fazer. Porque acha que é regimental e normal agredir violar e roubar.
E com isto o palhaço tem vindo a crescer e a ocupar espaço e a perder cada vez mais vergonha. O palhaço é inimputável. Porque não lhe tem acontecido nada desde que conseguiu uma passagem administrativa ou aprendeu o inglês dos técnicos e se tornou político. Este é o país do palhaço. Nós é que estamos a mais. E continuaremos a mais enquanto o deixarmos cá estar. A escolha é simples.
Ou nós, ou o palhaço."
Mário Crespo, in JN, 14.12.2009
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There's so many different worlds
So many different suns
And we have just one world
But we live in different ones
Mark Knopfler
* Dire Straits - Brothers in Arms *