Segunda-feira, 13 de Setembro de 2010

 

 

 

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Foi na semana passada. A meio da semana.

Nós os dois. Por acaso. Uma casa antiga, muito grande, estilo colonial. Branca. Portas e janelas em madeira pintada de azul turquesa. Linda. Árvores de grande porte na frente. Frondosas. Em fila. O casamento de alguém. Não me lembro quem. Para dizer a verdade, nem interessa, sabes? O importante éramos nós os dois, ali, assim sem contarmos. Sem termos feito nada para que acontecesse. Acaso. Será? Acaso? Nem sei, imagina lá tu. Claro que foi acaso. Não! Não foi nada disso. Há certas coisas na vida que não são acasos. Esta foi uma delas. Um momento indelével. Sem jogos, sem xeque-mate. Sem medo. Sem medos. Várias centelhas felizes dentro de um momento único.

A felicidade e a alegria que sentimos depois de tanto tempo de afastamento. Ai como é bom sentir o amor verdadeiro, o privilégio que é sermos um puzzle de duas peças.

O amor? Sim, acredito. Claro que acredito. Provas? Tenho várias! Mas nem precisava, sabes disso...

A festa? Era um casamento, já te disse, distraído! As pessoas, os convidados? Nem sei. Acreditas que não consigo lembrar-me? Quando te olhei, não vi mais ninguém. Mas tu certamente também não recordas quem lá estava, e nem eu te perguntaria por eles. Não interessa. Eram apenas os outros.

Depois olhei-te novamente e... vi-te. A minha alma aqueceu. E como aqueceu! A minha alma sempre aquecia de cada vez que te via. E essa particularidade não mudou. Ali estávamos nós, tão bem, tão maravilhosamente bem. Desaparecemos da festa, por um dos vários corredores da mansão. A correr de mão dada, os nossos pés a baterem com força no chão de madeira. Duas crianças que não conseguem disfarçar a felicidade que sentem. Tenho a certeza que nos perdoaram o egoísmo.

Quando nos encontraremos de novo? Mais logo? Então tenho que adormecer... encontro-te do outro lado.

 

 

Cleo.

 

* Vangelis - Come to Me *

                                                                                          

 

publicado por Cleópatra M.P. às 22:53
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Domingo, 1 de Agosto de 2010

 

 

"

The time is now, the place is here.

 

Stay in the present.

 

You can do nothing to change the past, and the future will never

 

come exactly as you plan or hope for.

 

"

 

Dan Millman

 

 

 

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"

If you don't get what you want, you suffer;

 

if you get what you don't want, you suffer;

 

even when you get exactly what you want, you still suffer because you can't hold on to it forever.

 

Your mind is your predicament.

 

It wants to be free of change. Free of pain, free of the obligations of life and death.

 

But change is a law, and no amount of pretending will alter that reality.

 

"

 

Dan Millman

 


publicado por Cleópatra M.P. às 18:46
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Sexta-feira, 23 de Julho de 2010

 

 

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*Francis Lai - Love Story*

 


 

publicado por Cleópatra M.P. às 11:22
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Sábado, 17 de Julho de 2010

 

 

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Há quem diga que todas as noites são de sonhos.
Mas há também quem diga nem todas, só as de verão.
Mas no fundo isso não tem muita importância.
O que interessa mesmo não são as noites em si, são os sonhos.
Sonhos que o homem sonha sempre.
Em todos os lugares, em todas as épocas do ano,
dormindo ou acordado.

William Shakespeare

 

 

* Loreena McKennitt - The Mistic's Dream *


 

... Um sonho nebuloso numa noite terrena

Paira sobre a lua crescente...

 

*

 

[... A clouded dream on an earthly night

Hangs upon the crescent moon...]

 


publicado por Cleópatra M.P. às 00:12
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Sexta-feira, 16 de Julho de 2010
 

 

 

 

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.NA PALMA DA MÃO.jpeg

 

 

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Ver o mundo num grão de areia,


o céu numa flor silvestre,


agarrar o infinito na palma da mão


e a eternidade numa hora.

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William Blake in 'Auguries of Innocence'

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* Vangelis - Message *

 

 


publicado por Cleópatra M.P. às 03:44
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Terça-feira, 13 de Julho de 2010

 

 

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De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

 

 

Vinícios de Moraes, Soneto de Fidelidade

 


publicado por Cleópatra M.P. às 23:43
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Sábado, 10 de Julho de 2010

 

 

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As pessoas têm estrelas que não são as mesmas. Para uns, que viajam, as estrelas são guias. Para outros, elas não passam de pequenas luzes. Para outros, os sábios, são problemas. Para o meu negociante, eram ouro. Mas todas essas estrelas se calam. Tu porém, terás estrelas como ninguém... Quero dizer: quando olhares o céu de noite, (porque habitarei uma delas e estarei rindo), então será como se todas as estrelas te rissem! E tu terás estrelas que sabem sorrir! Assim, tu te sentirás contente por me teres conhecido. Tu serás sempre meu amigo (basta olhar para o céu e estarei lá). Terás vontade de rir comigo. E abrirá, às vezes, a janela à toa, por gosto... e teus amigos ficarão espantados de ouvir-te rir olhando o céu. Sim, as estrelas, elas sempre me fazem rir!

 

 

Antoine de Saint-Exupéry, in "O Principezinho"

 


publicado por Cleópatra M.P. às 21:42
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Sexta-feira, 2 de Julho de 2010

 

 

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SO SLIDE BACK DOWN AND CLOSE YOUR EYES

 

 

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"Dantes dizia-se, quando alguém morria, que um corvo levava a sua alma para a terra dos mortos.

Mas, às vezes, algo tão mau acontece, que uma tristeza terrível acompanha a alma, não a deixando repousar.

E às vezes, só às vezes, o corvo pode trazer a alma de volta para corrigir o que estava errado.

 

Um prédio arde.

Só restam cinzas.

Pensava que tudo se passava assim.

Famílias.

Amigos.

Sentimentos.

Mas agora eu sei que, às vezes,

se o amor for verdadeiro, nada separa duas pessoas que se amam.

 

Se aqueles que amamos nos são roubados,

temos que os amar sempre para que eles vivam mais.

 

Edifícios ardem.

Pessoas morrem.

Mas o amor sincero vive para sempre."

 

 

 

Excerto retirado do filme O Corvo

 

 

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The Cure - Burn

 

... Lamentavelmente, o último filme com Brandon Lee.

 

 

 

 

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Domingo, 27 de Junho de 2010

 

 

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* Mono - Moonlight *



publicado por Cleópatra M.P. às 00:11
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Sábado, 26 de Junho de 2010

 

 

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Se te comparo a um dia de verão
És por certo mais belo e mais ameno
O vento espalha as folhas pelo chão
E o tempo do verão é bem pequeno.

Às vezes brilha o Sol em demasia
Outras vezes desmaia com frieza;
O que é belo declina num só dia,
Na terna mutação da natureza.

Mas em ti o verão será eterno,
E a beleza que tens não perderás;
Nem chegarás da morte ao triste inverno:

Nestas linhas com o tempo crescerás.
E enquanto nesta terra houver um ser,
Meus versos vivos te farão viver.


 

William Shakespeare

 

 

* Natalie Cole - I Miss You Like Crazy *

 

 


publicado por Cleópatra M.P. às 02:24
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Quarta-feira, 23 de Junho de 2010

 

 

Filme baseado em factos verídicos.

 

Henri Charrière (1906 - 1973), escritor francês, autor do livro 'Papillon' e ex-militar da marinha francesa, foi condenado injustamente à pena de prisão perpétua e mandado para o exílio na Ilha do Diabo, Guiana Francesa. Aí conheceu outros personagens os quais participaram no seu livro.


 

 

 

 

 

Um dos últimos filmes protagonizados por Steve McQueen (1930 - 1980)

 

                  

 

 

                            


*Jerry Goldsmith - Theme From Papillon*

 


 

publicado por Cleópatra M.P. às 00:03
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Sexta-feira, 18 de Junho de 2010

 

 

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Se eu pudesse trincar a terra toda
E sentir-lhe um paladar,
Seria mais feliz um momento ...
Mas eu nem sempre quero ser feliz.
É preciso ser de vez em quando infeliz
Para se poder ser natural...
Nem tudo é dias de sol,
E a chuva, quando falta muito, pede-se.
Por isso tomo a infelicidade com a felicidade
Naturalmente, como quem não estranha
Que haja montanhas e planícies
E que haja rochedos e erva ...
O que é preciso é ser-se natural e calmo
Na felicidade ou na infelicidade,
Sentir como quem olha,
Pensar como quem anda,
E quando se vai morrer, lembrar-se de que o dia morre,
E que o poente é belo e é bela a noite que fica...
Assim é e assim seja ...

 


Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos - Poema XXI"

 

 

* Julee Cruise - The World Spins *


publicado por Cleópatra M.P. às 00:01
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Quinta-feira, 17 de Junho de 2010

 

 

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Meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais;

há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que eu nem mesma compreendo,

pois estou longe de ser uma pessimista;

sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada,

uma alma que não se sente bem onde está,

que tem saudade… sei lá de quê!


 

Florbela Espanca, in "Cartas a Guido Battelli"


publicado por Cleópatra M.P. às 08:00
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Terça-feira, 15 de Junho de 2010

 

 

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Por céus e mares eu andei,
Vi um poeta e vi um rei
Na esperança de saber
O que é o amor.

Ninguém sabia me dizer,
Eu já queria até morrer
Quando um velhinho
Com uma flor assim falou:

O amor é o carinho,
É o espinho que não se vê em cada flor.
É a vida quando
Chega sangrando aberta
em pétalas de amor.

 

 

Vinícius de Moraes, O Velho e a Flor

 

publicado por Cleópatra M.P. às 12:08
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Sábado, 12 de Junho de 2010

 

 

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O que as grandes e puras afeições têm


de bom é que depois da felicidade de as


ter sentido, resta ainda a felicidade

 

de recordá-las.

 

 

Alexandre Dumas filho

 

 

 

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publicado por Cleópatra M.P. às 22:58
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Sexta-feira, 11 de Junho de 2010
 

 

 

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NÃO! ERAM DE TANGERINA.jpg

 

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E eu te beijava
sem me dar conta
de que não te dizia:
Oh lábios de cereja!

(...)

Federico García Lorca

E eu te beijava in 'Poemas Esparsos'

 

 

 

 

* Dora - A Vida Inteira*

 

 


publicado por Cleópatra M.P. às 00:10
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Terça-feira, 8 de Junho de 2010

 

 

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O Homem e o Mar Homem livre, o oceano é um espelho fulgente
Que tu sempre hás-de amar. No seu dorso agitado,
Como em puro cristal, contemplas, retratado,
Teu íntimo sentir, teu coração ardente.

Gostas de te banhar na tua própria imagem.
Dás-lhe beijo até, e, às vezes, teus gemidos
Nem sentes, ao escutar os gritos doloridos,
As queixas que ele diz em mística linguagem.

Vós sois, ambos os dois, discretos tenebrosos;
Homem, ninguém sondou teus negros paroxismos,
Ó mar, ninguém conhece os teus fundos abismos;
Os segredos guardais, avaros, receosos!

E há séculos mil, séc'ulos inumeráveis,
Que os dois vos combateis n'uma luta selvagem,
De tal modo gostais n'uma luta selvagem,
Eternos lutador's ó irmãos implacáveis!



Charles Baudelaire, O Homem e o Mar, in "As Flores do Mal"

 

 

 

 

 

publicado por Cleópatra M.P. às 17:00
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Domingo, 6 de Junho de 2010
 
 
 
 
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CORTANDO O AR CORTANDO O MAR

 

 

 

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O amor é o amor — e depois?!
Vamos ficar os dois
a imaginar, a imaginar?...

O meu peito contra o teu peito,
cortando o mar, cortando o ar.
Num leito
há todo o espaço para amar!

Na nossa carne estamos
sem destino, sem medo, sem pudor
e trocamos — somos um? somos dois?
espírito e calor!

O amor é o amor — e depois?

 

 


Alexandre O'Neill, O Amor é o Amor in 'Abandono Vigiado'

 

 

 

 

*Snowy White - Bird of Paradise*

 

 

publicado por Cleópatra M.P. às 19:05
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Quinta-feira, 3 de Junho de 2010

 

 

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Feliz só será 
A alma que amar. 

'Star alegre 
E triste, 
Perder-se a pensar, 
Desejar 
E recear 
Suspensa em penar, 
Saltar de prazer, 
De aflição morrer — 
Feliz só será 
A alma que amar. 

 


Johann Wolfgang von Goethe, Feliz Só Será in "Canções

 

 

 

* Ilya - Belissimo*

 


publicado por Cleópatra M.P. às 20:14
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Quarta-feira, 2 de Junho de 2010
 

 

 

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QUERO E VOU.png

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Quero ir!


Quero voar!


Quero saír,


Quero voltar...


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Quero viver!


Quero sentir!


Quero ver,


Quero partir...


 

Cleo

 

 

 

 

*Vangelis - Ask the Mountains*

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publicado por Cleópatra M.P. às 12:54
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