Quinta-feira, 4 de Novembro de 2010

 

 

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"O palhaço compra empresas de alta tecnologia em Puerto Rico por milhões, vende-as em Marrocos por uma caixa de robalos e fica com o troco. E diz que não fez nada. O palhaço compra acções não cotadas e num ano consegue que rendam 147,5 por cento. E acha bem.

 

O palhaço escuta as conversas dos outros e diz que está a ser escutado. O palhaço é um mentiroso. O palhaço quer sempre maiorias. Absolutas. O palhaço é absoluto. O palhaço é quem nos faz abster. Ou votar em branco. Ou escrever no boletim de voto que não gostamos de palhaços. O palhaço coloca notícias nos jornais. O palhaço torna-nos descrentes. Um palhaço é igual a outro palhaço. E a outro. E são iguais entre si. O palhaço mete medo. Porque está em todo o lado. E ataca sempre que pode. E ataca sempre que o mandam. Sempre às escondidas. Seja a dar pontapés nas costas de agricultores de milho transgénico seja a desviar as atenções para os ruídos de fundo. Seja a instaurar processos. Seja a arquivar processos. Porque o palhaço é só ruído de fundo. Pagam-lhe para ser isso com fundos públicos. E ele vende-se por isso. Por qualquer preço. O palhaço é cobarde. É um cobarde impiedoso. É sempre desalmado quando espuma ofensas ou quando tapa a cara e ataca agricultores. Depois diz que não fez nada. Ou pede desculpa. O palhaço não tem vergonha. O palhaço está em comissões que tiram conclusões. Depois diz que não concluiu. E esconde-se atrás dos outros vociferando insultos. O palhaço porta-se como um labrego no Parlamento, como um boçal nos conselhos de administração e é grosseiro nas entrevistas. O palhaço está nas escolas a ensinar palhaçadas. E nos tribunais. Também. O palhaço não tem género. Por isso, para ele, o género não conta. Tem o género que o mandam ter. Ou que lhe convém. Por isso pode casar com qualquer género. E fingir que tem género. Ou que não o tem. O palhaço faz mal orçamentos. E depois rectifica-os. E diz que não dá dinheiro para desvarios. E depois dá. Porque o mandaram dar. E o palhaço cumpre. E o palhaço nacionaliza bancos e fica com o dinheiro dos depositantes. Mas deixa depositantes na rua. Sem dinheiro. A fazerem figura de palhaços pobres. O palhaço rouba. Dinheiro público. E quando se vê que roubou, quer que se diga que não roubou. Quer que se finja que não se viu nada.

 

Depois diz que quem viu o insulta. Porque viu o que não devia ver.

 

O palhaço é ruído de fundo que há-de acabar como todo o mal. Mas antes ainda vai viabilizar orçamentos e centros comerciais em cima de reservas da natureza, ocupar bancos e construir comboios que ninguém quer. Vai destruir estádios que construiu e que afinal ninguém queria. E vai fazer muito barulho com as suas pandeiretas digitais saracoteando-se em palhaçadas por comissões parlamentares, comarcas, ordens, jornais, gabinetes e presidências, conselhos e igrejas, escolas e asilos, roubando e violando porque acha que o pode fazer. Porque acha que é regimental e normal agredir violar e roubar.

 

E com isto o palhaço tem vindo a crescer e a ocupar espaço e a perder cada vez mais vergonha. O palhaço é inimputável. Porque não lhe tem acontecido nada desde que conseguiu uma passagem administrativa ou aprendeu o inglês dos técnicos e se tornou político. Este é o país do palhaço. Nós é que estamos a mais. E continuaremos a mais enquanto o deixarmos cá estar. A escolha é simples.

 

Ou nós, ou o palhaço."

 

Mário Crespo, in JN, 14.12.2009

 

 

 

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Quarta-feira, 13 de Outubro de 2010

 

 

 

Campo Grande

 

Mato Grosso do Sul

 

Brasil

 

 

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publicado por Cleópatra M.P. às 10:21
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Domingo, 19 de Setembro de 2010

 

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Cleópatra pintava os olhos para preservar a saúde

Negro sedutor? Nem por isso.

As egípcias maquilhavam os olhos para se protegerem. Um segredo milenar que é agora revelado.

 

 
 
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Sedutora e vaidosa, Cleópatra, a imperatriz egípcia, entrou para a história como uma mulher forte e uma estratega. Mas também marcou pelos seus conhecimentos dos tratamentos de beleza. Ficaram célebres os seus banhos em leite de burra. O que não se sabia até agora é que a pesada maquilhagem dos olhos visava mais do que apenas seduzir.

 

Cientistas franceses descobriram, segundo o jornal brasileiro "o Globo", que a maquilhagem marcadamente negra dos olhos das mulheres egípcias da altura ajudavam a manter afastadas doenças oculares.

 

O estudo foi publicado na revista científica "Analytical Chemistry" e, depois de uma detalhada análise, revela a importância dos sais utilizados durante séculos na pintura dos olhos. É que, se utilizados em doses reduzidas, certos sais produzem óxido nítrico, a verdadeira razão do sucesso da maquilhagem egípcia.

 

O óxido nítrico estimula o sistema de defesa humano na destruição de bactérias causadoras de infecções oculares. Não se sabe, contudo, como as mulheres da Antiguidade descobriram os efeitos dos sais.

 

Até há pouco tempo, a ideia geral é justamente a contrária à descoberta pelos cientistas franceses. Um olhar literalmente fatal, devido à presença de cloreto de chumbo naquele tipo de pinturas. Mas, os autores do estudo já citado explicam que as doses deste sal eram tão reduzidas que acabavam por ter um efeito positivo sobre a saúde feminina.

 

O coordenador da pesquisa, Philippe Walter, explica que chegou a estas conclusões através do desenvolvimento de um electrodo com a espessura equivalente a de um decido da espessura de um fio de cabelo para investigar o efeito do cloreto de sódio sobre uma única célula humana. O resultado foi a libertação pela célula de substâncias de defesa. Assim, o investigador está convencido de que ao se maquilhar, as mulheres egípcias procuravam não apenas um método de cosmética mas também uma forma de se protegerem.

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"
Christiana Martins (www.expresso.pt)
 Quinta-feira, 14 de Janeiro de 2010

 

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Quinta-feira, 9 de Setembro de 2010

 

 

 

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"(...) a humanidade é muito estranha. Que mais? Explicar que sou um grande homem e não digo que sou uma grande mulher pela mesma razão por que não existe onço, só onça, nem foco, só foca, tudo isso é um bobajol de quem não tem o que fazer ou fica preso a idiossincrasias da língua, como aquelas cretinas feministas americanas que queria mudar history para herstory, como se o his do começo da palavra fosse a mesma coisa que um pronome possessivo do gênero masculino, a imbecilidade humana não tem limites. Sou um grande homem fêmea, da mesma forma que os grandes homens machos são grandes homens machos, fica-se catando picuinha porque o nome da espécie é por acaso masculino e não neutro, como é possível que seja em alguma outra língua, como se a gramática resolvesse alguma coisa nesse caso. Explicar isso, não existem grandes homens e grandes mulheres, existem grandes homens machos e grandes homens fêmeas. não há nada mais ridículo do que galeria de grandes mulheres, isso e aquilo, fico morta de vergonha. A espécie é humana, como Panthera uncius, Panthera leo, um onça, no feminino por acaso, outro leão, no masculino por acaso, uma questão de língua exclusivamente. Explicar isso como quem explica a um marciano. A um terráqueo. Escuta aqui, terráqueo, deixa de ser débil mental. Bem, ambições inúteis (...). Que mais? Nada, (...)"

 

 

João Ubaldo Ribeiro, in "A Casa dos Budas Ditosos", pp.23-24

 

 

 

publicado por Cleópatra M.P. às 18:42
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Sexta-feira, 27 de Agosto de 2010

 

 

Obrigada, Amiga S.Light!

 

 

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'Mira que te mira Dios

Mira que te está mirando

Mira que te has de morir

Mira que no sabes cuándo'

 

 

Ignacio del Valle in O Tempo Dos Imperadores Estranhos

 


 

 
* Samuel Barber - Adagio for Strings *

 


publicado por Cleópatra M.P. às 08:45
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Quinta-feira, 15 de Julho de 2010


 

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PRÉMIO NOBEL DA ECONOMIA 1994

 

UNIVERSIDADE DE PRINCETON

 

'HEX' - JOGO CRIADO POR JOHN NASH

 

PALESTRA SOBRE TEORIA DOS JOGOS - PRINCETON 2009

 


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Quarta-feira, 26 de Maio de 2010
 

 

 

O Vaivém Espacial Atlantis,

ou OV-104 (Orbiter Vehicle 104),

foi o quarto veículo deste tipo a ser construído pela

NASA e realizou 32 missões entre Outubro de 1985 e o dia de hoje.


 

Recebeu o nome de Atlantis, em honra do

primeiro navio americano de pesquisa oceanográfica.

 


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ATLANTIS AND CREW LAND SAFELY IN FLORIDA

 

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VAIVÉM ATLANTIS ATERRA PELA ÚLTIMA VEZ

 

 

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ATLANTIS LANDS IN FLORIDA

 

 

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ATLANTIS 1985-2010 3.jpg

 

 

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Farewell... farewell!

 


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Quinta-feira, 13 de Maio de 2010

 

 

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Quarta-feira, 5 de Maio de 2010

 

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... ou Hotel de Hilbert.
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O paradoxo do Hotel de Hilbert é um facto matemático sobre conjuntos infinitos
apresentado pelo matemático alemão David Hilbert.

É chamado de paradoxo pois o resultado é contra-intuitivo.
 
 
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O Hotel Infinito, situado em Infinitópolis, tem um número infinito de quartos, um por cada número inteiro, estando numerados de 1 até ao infinito. Um dia, estando os quartos todos ocupados, chegou um viajante que pretendia pernoitar nesse hotel.

 

 

 

Empregada: Desculpe, mas vai ser impossível hospedá-lo. Estamos esgotados.

 

 

O viajante pediu para falar com o gerente do hotel, para tentar arranjar uma solução, visto que não existia mais nenhum hotel em Infinitópolis.


Gerente: Realmente, não temos vagas, mas eu vou arranjar-lhe um quarto.

Mandou mudar todos os hóspedes de cada quarto para o quarto com o número seguinte, deixando assim o quarto 1 vago para o viajante.

 

 

 

No dia seguinte apareceram 5 casais em lua-de-mel, pedindo quartos. A empregada mandou então mudar os hóspedes de cada quarto para o quarto com um número superior em 5 unidades, deixando os primeiro 5 quartos vagos para os 5 casais recém-chegados.

 

 

 

No dia seguinte chegou uma excursão com um número infinito de turistas, tantos quantos os números inteiros, pedindo alojamento. A empregada ficou atrapalhada:


 

Empregada: Sr. Gerente, já percebi como é que no Hotel Infinito se resolve o problema sempre que há um número finito de novos hóspedes; mas será possível arranjar espaço para um número infinito deles, isto é, tantos quantos os quartos que temos já ocupados?


Gerente: Claro! Mudamos os hóspedes de cada quarto para outro com um número duas vezes superior!

 

Empregada: Claro! Desse modo mudamos os hóspedes todos para os quartos com número par, o que deixa vagos todos os quartos com número impar, que são em número infinito, tantos quantos os turistas!


 

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* Eagles - Hotel California *

 


publicado por Cleópatra M.P. às 00:16
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Terça-feira, 20 de Abril de 2010

 

 

 

 

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INCRIVELMENTE ACTUAL.jpeg

 

 

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"Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas;
um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai;
um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional, reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta.

[.] Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta até à medula, não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados na vida íntima, descambam na vida pública em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira à falsificação, da violência ao roubo, donde provém que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no Limoeiro.

Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo; este criado de quarto do moderador; e este, finalmente, tornado absoluto pela abdicação unânime do País.
A justiça ao arbítrio da Política, torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas.

Dois partidos sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes, vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero, e não se malgando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento, de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar."

 

 

Guerra Junqueiro, in "Pátria", 1896

 

 

 

publicado por Cleópatra M.P. às 08:09
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Quinta-feira, 8 de Abril de 2010


... That's where i'm gonna wait for you


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The Black Eyed Peas - Meet Me Halfway

 

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... I can't go any further than this...

 

 

 

publicado por Cleópatra M.P. às 14:33
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Terça-feira, 30 de Março de 2010

 


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PARA O ILUSTRÍSSIMO


SENHOR MICHEL DE CASTELNAU

 

Senhor de Mauvissièrre, Concressault e Joinville,

Cavaleiro da Ordem do Rei Cristianíssimo,

Conselheiro do seu Conselho Privado,

Capitão de cinquenta homens de armas,

e Embaixador junto da Sereníssima Rainha de Inglaterra

 

 

Se eu, ilustríssimo Cavaleiro, manejasse o arado, apascentasse um rebanho, cultivasse uma horta, remendasse um fato, ninguém faria caso de mim, raros me observariam, poucos me censurariam, e facilmente poderia agradar a todos. Mas, por eu ser delineador do campo da natureza, atento ao alimento da alma, ansioso da cultura do espírito e estudioso da actividade do intelecto, eis que me ameaça quem se sente visado, me assalta quem se vê observado, me morde quem é atingido, me devora quem se sente descoberto. E não é só um, não são poucos, são muitos, são quase todos. Se quiserdes saber porque isto acontece, digo-vos que a razão é que tudo me desagrada, que detesto o vulgo, a multidão não me contenta, e só uma coisa me fascina: aquela, em virtude da qual me sinto livre em sujeição, contente em pena, rico na indigência e vivo na morte; em virtude da qual não invejo aqueles que são servos na liberdade, que sentem pena no prazer, são pobres na riqueza e mortos em vida, pois que têm no próprio corpo a cadeia que os acorrenta, no espírito o inferno que os oprime, na alma o error que os adoenta, na mente o letargo que os mata, não havendo magnanimidade que os redima, nem longanimidade que os eleve, nem esplendor que os abrilhante, nem ciência que os avive. Daí, sucede que não arredo o pé do árduo caminho, por cansado; nem retiro as mãos da obra que se me apresenta, por indolente; nem qual desesperado, viro as costas ao inimigo que se me opõe, nem como deslumbrado, desvio os olhos do divino objecto.

(…)

Apresento-vos agora a minha especulação acerca do infinito, do universo e dos mundos inumeráveis.


 

Giordano Bruno (1548 - 1600), Epístula Preambular

in Acerca do Infinito, do Universo e dos Mundos

 

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Um livro muito, mas mesmo muito interessante.


Recomendo!

 

Cleo


publicado por Cleópatra M.P. às 08:14
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Segunda-feira, 29 de Março de 2010

 

Um mini-filme a ver.

 

A Matemática faz parte da Vida.

 

É bela e torna a vida bela.

 

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A Matemática está em todo o lado.


Até em nós!


Cleo

publicado por Cleópatra M.P. às 21:00
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Domingo, 21 de Março de 2010

 

Vale a pena ver! Não tanto pelo tema musical, mas pelo filme!

 

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publicado por Cleópatra M.P. às 13:52
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