Segunda-feira, 28 de Janeiro de 2013

 

 

O fantástico livro Orgulho e Preconceito, de Jane Austen, comemora hoje o seu 200º aniversário.

 

 

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200 ANOS_ORGULHO E PRECONCEITO3

 

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200 ANOS_ORGULHO E PRECONCEITO1

 

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200 ANOS_ORGULHO E PRECONCEITO2

 

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Sábado, 19 de Janeiro de 2013

 

 

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AS FAR AS MY EYES CAN SEE

 

 

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"As far as my eyes can see
There are Shadows approaching me
And to those I left behind
I wanted you to Know
You've always shared my deepest thoughts
You follow where I go

And oh when I'm old and wise
Bitter words mean little to me
Autumn Winds will blow right through me
And someday in the mist of time
When they asked me if I knew you
I'd smile and say you were a friend of mine
And the sadness would be Lifted from my eyes
Oh when I'm old and wise

As far as my Eyes can see
There are shadows surrounding me
And to those I leave behind
I want you all to know
You've always Shared my darkest hours
I'll miss you when I go

And oh, when I'm old and wise
Heavy words that tossed and blew me
Like Autumn winds that will blow right through me
And someday in the mist of time
When they ask you if you knew me
Remember that You were a frined of mine
As the final curtain falls before my eyes
Oh when I'm Old and wise

As far as my eyes can see"

 

 

The Alan Parsons Project, Old and Wise

 

 

 

 The Alan Parsons Project, Old and Wise

 

 

 

 

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Quarta-feira, 9 de Janeiro de 2013

 

 

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A COISA MAIS PEQUENA QUE HOUVER

 

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"Quero dar-te a coisa mais pequena que houver.
Bago de arroz
Grão de areia
Semente de linho
Suspiro de pássaro
Pedra de sal
Som de regato
A coisa mais pequena do mundo
A sombra do meu nome
O peso do meu coração na tua pele."

 
 
Rosa Lobato de Faria
 
 
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Domingo, 6 de Janeiro de 2013

 

 

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WOULD'T IT BE GOOD?

 

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"Wouldn't it be good to be in your shoes,
Even if it was for just one day?
Wouldn't it be good if we could wish ourselves away?
Wouldn't it be good to be on your side?
The grass is always greener over there.
Wouldn't it be good if we cold live without a care?"
 
Nik Kershaw, Wouldn't It Be Good
 
 
 
 
 Nik Kershaw, Wouldn't It Be Good
 
 
 
 
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Sábado, 5 de Janeiro de 2013

 

 

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A MOÇA TECELÃ

 

 

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"Acordada ainda no escuro, como se houvesse o sol chegado atrás das beiradas da noite. E logo sentava-se no tear.
 
Linha clara, para começar o dia. Delicado traço cor da luz, que ela ia passando entre os fios estendidos, enquanto la fora a claridade da manhã desenhava o horizonte.
 
Depois lãs mais vivas, quentes lãs iam tecendo hora a hora, em longo tapete que nunca acabava.
 
Se era forte demais o sol, e no jardim pendiam as pétalas, a moça colocava na lançadeira grossos fios cinzentos do algodão mais felpudo. Em breve, na penumbra trazida pelas nuvens, escolhia um fio de prata, que em pontos longos rebordava sobre o tecido. Leve, a chuva vinha cumprimentá-la à janela.
 
Mas se durante muitos dias o vento e o frio brigavam com as folhas e espantavam os pássaros, bastava a moça tecer com seus belos fios dourados, para que o sol voltasse a acalmar a natureza.
 
Assim, jogando a lançadeira de um lado para o outro e batendo os grandes pentes do tear para frente e para trás, a moça passava seus dias.
 
Nada lhe faltava. Na hora da fome tecia um lindo peixe, com cuidados de escamas. E eis que o peixe estava na mesa, pronto para ser comido. Se sede vinha, suave era a lã de leite que entremeava o tapete. E à noite, depois de lançar seu fio de escuridão, dormia tranquila.
 
Tecer era tudo o que fazia. Tecer era tudo o que queria fazer. 
 
Mas tecendo e tecendo, ela própria trouxe o tempo em que se sentiu sozinha, e pela primeira vez pensou como seria bom ter um marido ao lado.
 
Não esperou o dia seguinte. Com capricho de quem tenta uma coisa nunca conhecida, começou a entremear no tapete as lãs e as cores que lhe dariam companhia. E aos poucos seu desejo foi aparecendo , chapéu emplumado, rosto barbeado, corpo emprumado, sapato engraxado. Estava justamente acabando de entremear o último fio da ponta dos sapatos, quando bateram à porta.
 
Nem precisou abrir. O moço meteu a mão na maçaneta, tirou o chapéu de pluma, e foi entrando na sua vida.
 
Aquela noite, deitada contra o ombro dele, a moça pensou nos lindos filhos que teceria para aumentar ainda mais a sua felicidade.
 
E feliz foi, por algum tempo. Mas se o homem tinha pensado em filhos, logo os esqueceu. Porque, descoberto o poder do tear, em nada mais pensou a não ser nas coisas todas que ele poderia lhe dar. 
 
– Uma casa melhor é necessária – disse para a mulher. E parecia justo, agora que eram dois. Exigiu que escolhesse as mais belas lãs cor de tijolo, fios verdes para os batentes, e pressa para a casa acontecer.
 
Mas pronta a casa, já não lhe pareceu suficiente. - Por que ter casa, se podemos ter palácio? - Perguntou. Sem querer resposta, imediatamente ordenou que fosse de pedra com arremates de prata.
 
Dias e dias, semanas e meses trabalhou a moça tecendo tetos e portas, pátios e escadas, e salas e poços. A neve caía lá fora, e ela não tinha tempo para chamar o sol. A noite chegava, e ela não tinha tempo para arrematar o dia. Tecia e entristecia, enquanto sem parar batiam os pentes acompanhando o ritmo da lançadeira.
 
Afinal, o palácio ficou pronto. E entre tantos cômodos, o marido escolheu para ela e seu tear o mais alto quarto da mais alta torre. 
 
– É para que ninguém saiba do tapete – disse. E antes de trancar a porta a chave advertiu: - Faltam as estrebarias. E não se esqueça dos cavalos!
 
Sem descanso tecia a mulher caprichos do marido, enchendo o palácio de luxos, os cofres de moedas, as salas de criados. Tecer era tudo o que queria fazer.
 
E tecendo, ela própia trouxe o tempo em que sua tristeza lhe pareceu maior que o palácio com todos os seus tesouros. E pela primeira vez pensou como seria bom estar sozinha de novo.
 
Só esperou anoitecer. Levantou-se enquanto o marido dormia sonhando com novas exigências. E descalça para não fazer barulho, subiu a longa escada do torrre, sentou-se ao tear. 
 
Desta vez não precisou escolher linha nenhuma. Segurou a lançadeira ao contrário, e, jogando-a veloz de um lado para o outro, começou a defazer seu tecido. Desteceu os cavalos, as carruagens, as estrebarias, os jardins. Depois desteceu os criados e o palácio e todas as maravilhas que continha. E novamente se viu na sua casa pequena e sorriu para o jardim além da janela.
 
A noite acabava quando o marido, estranhando a cama dura, acordou, e espantado olhou em volta. Não teve tempo de se levantar. Ela já desfazia o desenho escuro dos sapatos, e ele viu seus pés desparecendo, sumindo as pernas. Rápido, o nada subiu-lhe o corpo, tomou o peito aprumado, o emplumado chapéu.
 
Então, como se ouvisse a chegada do sol, a moça escolheu uma linha clara. E foi passando-a devagar entre os fios, delicado traço de luz, que a manhã repetiu na linha do horizonte."
 

 

Marina Colasanti, A Moça Tecelã

 

 

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