
O objecto mais antigo do Universo foi observado por um grupo internacional de astrónomos, consistindo numa estrela que estava a explodir (e a morrer) na infância do cosmos, 630 milhões de anos após o Big Bang.
Se os 13,7 bilhões de anos de história do Universo fossem resumidos num ano, essa explosão teria acontecido cerca de 15 de Janeiro - a Terra surgiu só quase em Agosto - e os humanos modernos, nos últimos 10 minutos do dia 31 de Dezembro.
A morte desse corpo celeste primordial foi violenta: a sua luz foi emitida na forma de raios gama, a radiação mais energética que existe, tendo demorado todo este tempo a chegar à Terra agora.
A descoberta, dizem os respectivos autores, pode mudar a compreensão dos primeiros mil milhões de anos do cosmos.
«É a última era do Universo que ainda é desconhecida pela ciência», disse à Folha de São Paulo Nial Tanvir, astrónomo da Universidade de Leicester (Inglaterra), um dos autores do estudo, publicado na revista Nature.